Já que os Governos e a ONU se mostram mais uma vez lentos e ineficientes, só nos resta torcer que os trabalhadores portuários de Mocambique sejam tao conscientes quanto os da África do Sul, que se recusaram por 4 dias a descarregar o návio An Yue Jiang, até a Suprema Corte decidir ontem bloquear a carga. 
An Yue Jiang, o navio chines que leva 77 toneladas de armas de pequeno e médio porte originárias de Pequim e destinadas ao Ministério da Defesa do Zimbábue deixou ontem Durban com provável destino de Mocambique. Como apontou a líder da oposicao sul-africana, Helen Zille, caso a carga chegue ao seu destino final o resultado poderá ser um genocídio. Como ela aponta, um carregamento de machetes precedeu os massacres de Ruanda. O que Mugabe fará com 3.5 milhoes de balas de AK-47 e milhares de morteiros, mísseis e granadas?
Se os lacos que unem Brasil e Mocambique sao mais que retórica, que sirvam eles para pressionar Maputo a nao permitir o desembarque das armas. Entretanto, enquanto a ONU e a UA continuarem mudas e passivas a vida de milhoes no Zimbábue dependem provavelmente apenas da forca dos estivadores mocambicanos.
Enquanto isso, enquanto soldados chineses sao vistos nas ruas de cidade no Zimbábue e 20 dias após as eleicoes, é finalmente iniciada a recontagem dos 23 distritos eleitorais, onde o governo apontou ter ocorrido fraudes. A recontagem dessas urnas, poderá mudar o resultado das eleicoes, pois Mugabe havia inicialmente perdido em 21 dos 23 distritos.

 
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